domingo, 30 de maio de 2010

#8 ~


Há zilhões de anos atrás...

~

O gosto sem igual da
Nicotina,
É algo indescritível,
Há quem rejeite,
Eu aprecio,
Em moldes faço a fumaça
Ganhar formas...
Enquanto relaxo e
Fecho meus olhos...
O prazer me invade,
O gosto trespassa minhas
Narinas e essência.
Aquele gosto amargo
Ficou na minha boca
Por mais tempo...
De amargo então,
O prazer o faz ser doce
Assim,
Vou passando minhas tardes.

#7 ~família

Repressão
Repressão
Repressão...
Manias, limites,
Regras impostas,
Brigas estúpidas,
Discussões improváveis
Fazem de mim
Uma pessoa contida
E paciente...
Mas essa paciência
Já está no ápice
E quando explodo
Implodo.

Minhas cicatrizes são
Evidências do meu
Cotidiano...
Em uma instituição social que
Deveria ser para o bem,
Se mantém nessa sociedade
De loucos...
A instituição também é suicida,
Ou psicótica...
É transformadora.

#6 ~ Essa saudade eu sei de cor



Inspiração súbita por motivos separacionais.

~

O dia passa,
Cada vez mais inconstante,
É divorciar!
Brigas são freqüentes...
Separações ocorrem a todo instante:
De famílias, de sentimentos,
De amores,
De irmãos.

A necessidade de ter alguém
Por perto nos faz unir...
Mas o desespero por
Um sucesso profissional
E pela sociedade nos faz
Desistir;
Desistir de sempre estar com quem
irá te amar.

Quando ocorre,
O mundo cai,
Quando não no momento
Depois certamente cairá...
Não se pode expurgar sentimentos,
Porque é deles
Que somos feitos.

sábado, 29 de maio de 2010

#5 ~ Silêncio

Há algum tempo atrás...

~

O silêncio nunca foi algo que eu tinha
Domínio,
Me exaltava exageradamente e
Constragia as pessoas,
Sem necessidade.

Hoje falo menos,
E ajo mais;
Ultimamente tenho tido como companheiro
O silêncio,
excelente para conversar com
O próprio íntimo,
escrever versos e
Notar detalhes.

O silêncio me faz estar
Meio triste,
Meio sem ânimo,
Mas sempre será eu,
Independente de estar quieto,
Com problemas,
Medo, como ultimamente...
Continuará a ser quem sou.

Não te aflijas e
Reconsidere meu estado,
Posso estar pior
Ou melhor, do que
Se espera...

#4

Perdas de 2008

~

Se o amor fosse realmente um bálsamo
O mundo não pareceria tão equivocado,
Essa escravidão essa dor
Não quero mais...
Quando acreditei que tudo era um fato consumado,
Veio a foice e levou-te longe
Longe do meu lado...
Não estou mais pronto
Para lágrimas,
Será que não existe amor errado?
Mas entenda não quero estar apaixonado.

#3



tensões de abril de 2007.

~

Quando se corta
Tudo passa,
Apenas a respiração
É ouvida.

O medo,
Logo depois vem o prazer,
Em uma satisfação em
Cada corte na própria
Carne.

Sorrisos em cada gota de
Sangue que suja a
Porcelana branca, imaculada...
Jorrado nas paredes,
Embaça a ferida,
Pintando de vermelho tudo que é
Branco,
Derramando,
Manchando,
Em êxtase.

Depois do corte
Um alívio satisfeito,
Que o corpo sente,
A alma sente

Um sorriso de lado:
- Me deixe limpar essa bagunça...
A faca é limpa e
Reposta na gaveta,
Nada acontece,
Nada aconteceu.

#2 ~ Loucura


Quando foi que definimos
O que realmente é loucura?
Talvez com os padrões sociais ou,
A pura exclusão de pensamentos
Dos quais não gostamos de
Pensar, analisar,
Dos quais queremos e profundamente
Desejamos que sumam ou
Que transbordem de vez.

Atitudes e pensamentos restritos
Pela sociedade,
Em um elo tão ligado ao íntimo
Que se tornam manias,
Próprias de cada indivíduo humano.

O prazer pelo corte, dor e
Sangue,
O desestresse pela suave fumaça da
nicotina,
A harmonia de se tocar uma guitarra
E esquecer brevemente o mundo lá de fora;

É verdade, poucos ainda detém os
Pés no chão,
É preciso moderar, dizem...

Mas afinal,
O prazer não se mensura,
E a loucura é íntimo prazer abafado
Que teme ser descoberto,
Contudo existe...
Mesmo que seja inaceitável.

#1 ~ Tempo Emocional

O tempo voou,
Passou como se não existisse,
E foi pelas minhas preocupações
Que ele fugiu de mim.

Disposto em desgosto
Encontrei o que me faça gosto,
Com gosto até demais, me fez perder
Uma semana.

De volta a mim percebi que
Nada havia mudado em tempos passados,
Como agora não mudam como
Um só.

Estresse e descontentamento me fazem
Dormir,
E as vezes não há nada melhor para
Acalmar que deitar no colo de quem te ama,
Só vendo o tempo passar.